Neurocirurgião alerta para os perigos da hérnia de disco, uma doença que afeta 5,4 milhões de brasileiros

Médico aborda condição e explica sintomas, diagnóstico e tratamento para pessoas que lidam com essa condição 


A hérnia de disco é uma doença que afeta aproximadamente 5,4 milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dor nas costas, formigamento, dormência, fraqueza muscular e complicações neurológicas são apenas alguns sintomas apresentados. Para falar sobre este tema que afeta tantos indivíduos, o neurocirurgião, Allan França, da Faculdade Estácio de Juazeiro, vinculada ao Instituto de Educação Médica (IDOMED), esclarece as principais informações sobre a condição. 


Segundo, Allan França, a hérnia de disco acontece quando o material macio e gelatinoso, localizado no interior de um disco intervertebral chamado de núcleo pulposo, se desloca para fora do disco. “Isso acontece quando há uma ruptura ou fissura na parte externa do disco, conhecida como anel fibroso. Quando essa ruptura ocorre, parte do núcleo pulposo pode se projetar para fora, pressionando estruturas próximas, como os nervos da coluna vertebral”, explica o especialista. 


O médico também destaca os principais fatores de risco associados. O desgaste relacionado à idade é uma das causas comuns, à medida que os discos intervertebrais tendem a perder elasticidade e tornar-se mais propensos a danos com o passar dos anos. Movimentos repetitivos, especialmente aqueles que envolvem levantar objetos pesados ou torções frequentes da coluna, também podem contribuir para o desgaste dos discos e aumentar o risco de hérnia de disco. Além disso, lesões agudas, como um trauma na coluna vertebral devido a um acidente, podem causar danos diretos aos discos, levando à formação de uma hérnia”, pontua França. 


Quanto aos sintomas, o neurocirurgião menciona que os pacientes com hérnia de disco geralmente apresentam dor nas costas que pode irradiar para as pernas ou braços, formigamento, dormência, fraqueza muscular e, em casos mais graves, dificuldade para controlar os movimentos. 
O diagnóstico da hérnia de disco é baseado na história clínica, exame físico e frequentemente em exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada. 


 “Para diagnosticar uma hérnia de disco, realizamos uma avaliação abrangente que inclui história clínica detalhada e exame físico. Durante a consulta, investigamos os sintomas do paciente, como localização da dor, formigamento ou fraqueza, e buscamos entender fatores desencadeantes, como movimentos específicos ou histórico de lesões na coluna”, ressalta. 


 “O exame de imagem mais utilizado é a ressonância magnética, que nos fornece imagens detalhadas dos discos intervertebrais e tecidos circundantes. Isso nos permite visualizar claramente se há uma hérnia de disco, sua localização e gravidade. Em alguns casos específicos, podemos recorrer à tomografia computadorizada para avaliação adicional”, complementa o médico. 


Sobre a indicação de cirurgia, Allan França esclarece que esta é considerada quando os sintomas não melhoram com tratamentos conservadores, como repouso, fisioterapia e medicamentos. “Casos de compressão grave de nervos ou déficits neurológicos podem requerer intervenção cirúrgica”, afirma o médico. No entanto, ele ressalta que a maioria dos casos de hérnia de disco pode ser tratada com sucesso sem a necessidade de cirurgia.

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